Imigração Alemã


Quando se fala de imigração alemã, englobamos alemães vindos das atuais Alemanha e Polônia. No Brasil os alemães começaram a chegar em 1818 para as colônias agrícolas de Leopoldina e São Jorge Ilhéus no Estado da Bahia.

Em 1820 foi fundada Nova Friburgo no Estado do Rio de Janeiro. E a partir de 1823 a 1945 milhares de imigrantes alemães entraram em solo brasileiro, se instalando principalmente nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas muitos também foram para os Estados do Espirito Santo e Paraná, em levas posteriores a estas datas. Dentre estes imigrantes que entraram em solo brasileiro, estavam também alguns representantes da família Vandersee que desembarcaram no Brasil entre os anos de 1878 a 1902, estabelecendo-se nos núcleos coloniais Dona Francisca em Santa Catarina e Santa Leopoldina no Espírito Santo.

Em 1847 chegaram os primeiros imigrantes alemães em Santa Izabel no Estado do Espirito Santo. Desde 1847, alemães marcam presença no Estado que tem a maior concentração de pomeranos do Brasil. A influência dos imigrantes deixou marcas e manifesta-se em muitos setores da vida capixaba.

Suíça capixaba no início de 1860
Até meados do século 19, somente a faixa costeira do Espírito Santo havia sido ocupada. Os primeiros a desbravar a serra no interior do Estado foram imigrantes da região de Hunsrück na Alemanha. Eram 39 famílias, 26 luteranas e 13 católicas, que em 1847 chegaram ao Brasil com a expectativa de se fixar no Sul do país, onde o clima era semelhante ao de sua terra natal. D. Pedro II, reconhecendo a necessidade de desenvolver o maciço central do Espírito Santo, ainda habitado por índios botocudos, resolveu enviar o grupo de 163 recém-chegados a essa área montanhosa e de clima ameno, para fundarem a colônia de Santa Isabel. 

D. Pedro II, animado com o sucesso da primeira empreitada permitiu o assentamento de novos grupos de imigrantes. Surgiram assim novas colônias imperiais como a de Santa Leopoldina em 1857, para onde foram principalmente imigrantes da Prússia, da Saxônia, do Hesse, de Baden e da Baviera, além de alemães outras regiões da Alemanha, vieram também famílias de luxemburgueses, austríacos do Tirol, holandeses e suíços, entre outros. Hoje, encravadas nas encostas das montanhas, próximas a rios e cachoeiras e muitas vezes ainda cercadas pela Mata Atlântica, o visitante encontra vilas com o nome de Tirol, Holanda, Luxemburgo e Suíça.

A imigração em massa durou até 1879, quando só em Santa Leopoldina os colonos e seus descendentes já eram cerca de sete mil, número que subiu para 18 mil em 1912. Em 1960, calculava-se a existência de cerca de 73 mil teuto-capixabas, ou seja, 6% da população do Estado. Em 1980, esse número já estava por volta de 145 mil. Hoje estima-se que vivam no Espírito Santo aproximadamente 250 mil descendentes de imigrantes alemães. 

Enquanto em outros estados brasileiros os pomeranos eram minoria entre os colonos alemães, no Espírito Santo aconteceu o contrário. De 1859 em diante os pomeranos de confissão luterana, aportaram aos milhares e se tornaram maioria absoluta entre os colonos alemães. Assentados entre serras e matas, distantes dos centros comerciais, os pomeranos foram submetidos a um isolamento que contribuiu para a preservação de sua língua e cultura original.

Concentrados principalmente em Santa Maria de Jetibá e seus arredores, Pancas, Laranja da Terra, Vila Pavão, Santa Leopoldina e Domingos Martins, estima-se uma população de 120 mil pomeranos no Espírito Santo, a maior concentração em todo o Brasil.

Principais colônias alemães no Espírito Santo:

- Domingos Martins

- Santa Leopoldina

- Santa Maria de Jetibá

- Lajinha de Pancas

- Vila Pavão

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